Há pouco tempo o relógio apontou a meia-noite e desde então passou a ser oficialmente meu aniverário, ganhei um ano a mais na idade e tornei-me um pouco mais velho. Como o dia oito de setembro não é feriado nacional (ah, seu eu adiantado em algumas horinhas meu nascimento...) amanhã tenho que acordar cedo e seguir minha rotina de sempre. Por isso, tentei ir logo para a cama e dormir um merecido sono.
Qualquer pessoa mais esperta já percebeu desde o princípio que toda essa introdução tem por objetivo expôr minha frustração por não conseguir concretizar o descanso desejado.
Os pensamentos em minha cabeça não páram. Usualmente essa data sempre recupera muitas memórias do passado: as histórias da infância, a família, os amigos, as festinhas, as festonas. Toda a linha da vida é percorrida até chegar ao presente. E nesse momento muitas expectativa futuras são reconsideradas. Várias são redesenhadas. Sempre foi assim, mas dessa vez o processo parece estar muito mais intenso. Há uma pitada de angústia. E lá se foi o meu sono...
2008 tem sido um ano muito particular. Especialíssimo. Conheci pessoas fantásticas, amigos que tomaram um considerável espaço em meu coração. Comprovei que minha família é um alicerce rígido, capaz de resistir inabalável, mesmo diante de alguns terremotos. Descobri que a paixão é um sentimento que pode renascer num terreno que parecia infértil.
Tenho motivos inúmeros para recostar-me e dormir com a paz de espírito dos vitoriosos. Mas abate-me a insegurança do que vem pela frente. Dá um frio na espinha pensar nisso. Evito discorrer mais por aqui sobre esse tema numa tentativa de repelir esses pensamentos. E que meu sono possa retornar...
É um pouco chato começar esse dia com um espírito um tantinho pessimista. Mas acredito que isso venha a mudar nas próximas horas. Nada melhor do que receber os abraços mais apertados dos amigos que te estimam e o beijo sincero daqueles te amam. E presentes, é claro!
Boa noite
*Ouvindo: Marcelo Camelo - Sou